sábado, 16 de agosto de 2008

Lou Andreas... exemplo de determinação!

"Ouse, ouse... ouse tudo!!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!!" Lou Andreas Salomé



Um resumo, nada breve, sobre a vida e obra de Lou Andreas, que é complexa demais para ser resumida em poucas linhas....Pois era uma mulher grandiosa, impetuosa , decidida, apaixonada pela Vida! Seu comportamento era excêntrico demais para a época! Dinamica, revolucionária, sem perder a feminilidade!!!
Imagine essa vida em 1861!!!! Lou foi verdadeiramente uma mulher à frente de seus tempo. Ousou buscar conhecimento, sua maior Paixão, o saber! Algo restrito aos círculos masculinos de sua época. De certa maneira, me identifiquei muito com a história dessa mulher, me indentifico quanto a essa Paixão pela Vida, q ela transmitia aos outros, fazendo com que todos as sua volta pudessem acreditar e doar sempre o seu melhor! Com uma grave diferença... Não sou corajosa o bastante para enfrentar a vida e defender meus desejos assim....Mas meus Sonhos de Liberdades estão em mim, pena q a sociedade e família me impedem de sair do lugar... Mas confesso q ela serviu-me de pura inspiração... ousar.... é, quem sabe um dia naara dê seu grito de liberdade....(como sempre brinco... Odeio ter juízo! rsrsrsrs )

Lou Andreas Salomé
Foi romancista, poeta, ensaísta, psicanalista e uma pioneira do modernismo europeu... nascida em São Petersburgo, 12 de fevereiro de 1861, também conhecida como Louise von Salomé
Lou Andreas-Salomé foi uma bela mulher que escandalizou a sociedade e quebrou regras morais. Teve vários amantes. Conheceu
Freud, Jung, Nietzsche, Henri Bergson, Rilke, Sartre, Paul Rée, entre outros grandes homens. A figura de Lou confunde-se a personagem histórica e a lenda, mulher sensível, tinha mito de sedutora e sua produção literária teve sempre muito ligada aos seus envolvimentos amorosos...

Nasceu quando o pai já tinha 53 anos, foi excessivamente protegida, numa família de cinco rapazes, dos quais apenas sobreviveram três, Alexandre, Robert e Eugène, mais velhos que ela, a presença tutelar dos irmãos projetará, posteriormente, sobre todos os homens que Lou conheceu. Igualmente, a figura do pai transformar-se-á numa figura presente que a dominará por toda a vida.

O espírito crítico de Lou conduziu-a a uma atitude de descrença perante a religião, ainda mais depois da perda de seu Pai...Mas um pastor, Gillot, um pregador em voga, defensor de novas ideias religiosas, recebeu uma carta de Lou, que era mais um pedido de socorro desesperado e na qual suplicava que a libertasse de dúvidas. A inteligência e a sede de aprender de Lou atraíram Gillot, que tomou-a para educá-la , se apaixonou por ela, lhe propondo casamento.(mesmo sendo casado)

Mesmo o fascínio por ele fosse recíproco, com esse pedido o interesse dela desintegrou-se brutalmente e confessou que no seu universo não havia lugar para o desejo nem para o sexo, nem tão pouco, espaço para um casamento! (espertinha! rsrs)

Em Setembro de 1880, Lou partiu para Zurique, onde estudou lógica, história das religiões e metafísica, mas aprofundou sua vocação literária, escrevendo poemas onde sua inspiração era a vida q teve com Gillot. Em Roma, conheceu Malwida von Meysenburg, um dos espíritos mais livres do seu tempo, e esta investiu toda a sua paixão nessa mulher-criança, cujo brilho intelectual e audácia a fascinavam.

Mas Lou conheceu então Paul Rée, sentindo-se cativada por este jovem filósofo de trinta e três anos, de espírito aventureiro e dado ao vício do jogo. Propôs-lhe viverem juntos, partilhar a casa e o amor aos livros e reunir em torno de ambos, os outros espíritos filosóficos. Rée, desconcertado, pois morar junto ara época era eresia, pediu-a em casamento o que provocou a cólera de Lou que imediatamente o rejeitou!!! rsrsrsrs

Explicou-lhe que desde a sua relação com Gillot tinha posto um ponto final à sua vida amorosa. Nessa altura e julgando servir os interesses de Lou, Rée escreveu a Nietsche, que o orientou a aceitar os desejos de Lou e viver a três, (Ele, Lou e Malwida). Nietzsche veio até eles e foi imediatamente seduzido pela jovem, Nietzsche ofereceu-se a Rée de lhe servir de intermediário para lhe pedir a mão, o que provocou uma nova recusa por parte de Lou, que exigiu que Rée explicasse a Nietzsche a sua aversão pelo casamento e a perda financeira que isso representaria para ela, pois teria de renunciar à pensão que recebia das autoridades russas, na qualidade de aristocrata órfã.
Lou, ao conhecer Nietzsche, sentiu-se demasiadamente atraída pela natureza solitária, e a inteligência do filósofo! Mas tentou se conter, por Paul Rée, pois apesar de não ter atração física e sexual nenhuma, ele lhe proporcionava proteção e ternura.(acho que minha história cabe exatamente aqui, nesse caso, quem conhece {naarinha}, sabe do q falo....)

Nietzsche era obcecado pela ambição de formar um discípulo que pudesse ser iniciado na sua filosofia e a inteligência e a independência de Lou supria exatamente seus desejos!Ele conseguiu introduzí-la no seu círculo de artistas e intelectuais de Bayreuth, onde ela provoca uma onda de choque pela sua audácia. A irmã de Nietzsche, Elisabeth, via com maus olhos as atitudes daquela jovem mundana e cheia de vitalidade, ela foi Pivô da separação definitiva dos dois.Por fim, o amor de Nietzsche transformou-se em amargura e decepção e a sistemática recusa de Lou levou-o ao desespero, à beira do suicídio. Na verdade, a sua irmã Elisabeth minara todas as relações entre os membros do círculo , Nietzsche rompeu com a irmã que acabou por partir para o Paraguai. Os escândalos daí resultantes, levou Lou para um silêncio do qual não voltou a sair.

Todavia, o afastamento de Nietzsche não lhe causou tanto dano assim, que não permitisse que ela continuasse unida a Rée, encontrando, junto dele, não apenas a atenção e a ternura redobrada, como uma certa paz de espírito. Quanto a Paul, a presença benéfica de Lou contribuiu para o afastar da paixão pelo jogo e para um reencontro com a tranquilidade.

Juntos, reuniram à sua volta alguns dos espíritos mais promissores da época, destes personagens ilustres próximos de Lou, eclodirão novas ciências e rumos decisivos. Alguns deles se declararam a Lou e ela recusou todos os pedidos, convertendo-os em amigos enquanto mantém Rée junto de si.

Em 1886, Rée sentiu-se traído, pois soube q Lou se noivara as escondidas com Andreas, (Príncipe e beduíno do deserto, quando jovem estudara no liceu de Genebra e destacara-se como aluno brilhante pelas suas aptidões musicais e linguísticas. ) Tanto Malwida, quanto Rée, tão próximos de Lou, não sabiam de nada a respeito da paixão de Lou por Andreas. Porque razão, a certa altura, Lou decidiu casar? O que a terá motivado? Para Lou, Andréas encarnava, em toda a sua perfeição, o ideal do sábio universal das épocas anteriores, o príncipe e o camponês, segundo o modelo russo. A aventureira deixara-se fascinar por esse poliglota que se afastava dos intelectuais que ela conhecera até então.

O casamento, nada convencional, foi realizado a 14 de Junho de 1887 e, alguns dias mais tarde, Gillot, o pastor a quem Lou se recusara fazer sexo, celebrou uma missa que envolveu Lou de modo mais profundo, oficiando e simbolizando a preservação do interdito, no seio do novo casal. Lou exigiu de Andreas a certeza de q nunca iria querer filhos, revoltava-se contra a ideia de pôr no mundo uma criança indesejada e não suportava a ideia de dar à luz.

O temperamento hostil de Andreas contribuiu para que a atividade social da mulher diminuisse. Em 1890, a adesão do casal à Associação do Teatro Livre veio proporcionar a Lou os contatos que ela tanto sentia falta. Nesta boemia literária, a mulher de quase trinta anos conheceu Georg Ledebour, conhecido pela sua liberdade, que o impedia de se subjugar à religião ou às convenções sociais.E é claro q essa essa fusão entre delicadeza e firmeza atraiu Lou. Embora sensível ao fascínio desse terno amigo que lhe declarou seu amor, Lou resistiu-lhe mas tal paixão acarretar-lhe-á uma profunda crise, no casamento com Andreas.

Com o poeta Rilke, Lou conhece pela primeira vez o amor e o sexo ardente. Ela está então com seus 36 anos e ele com seus parcos 22, naquela primavera de abril onde encontram e se encantam. Descreve esse seu primeiro encontro com o poeta como “este murmúrio do inconcebível”. Com Lou, Rilke descobre que a simplicidade e profundidade não se excluem..E viveram os três, mas logo Rilke, Andréas e Lou deixaram Berlim em direcção a Moscovo.Mas as crises existenciais de Rilke, indispôs Lou, q o forçou a partir, sem remorso algum, considerou natural que se afastassem para que ambos pudessem crescer. Andreas falecera e sob a orientação do psicoterapeuta sueco Poul Bjerre, Lou iniciou-se no estudo da Psicanálise.

Com o Pai da Psicanálise, Freud, o encontro dá-se na maturidade, aos 50 anos. Até sua morte, aos 76anos, Lou entrega-se veementemente à psicanálise, “ o mais belo dos ofícios”, como dizia. A relação de Lou com Freud é sustentada por uma amizade e uma admiração tanto grandiosa quanto recíproca.
Lou sabia exatamente que compunha a derradeira imagem com que havia de deixar o mundo: a de uma mulher com uma beleza que a acompanhará até ao final da sua vida, e uma capacidade de dádiva que apenas se encontra nas almas superiores.

Disso são prova as relações constantes e duradouras que manteve com os homens (amigos e amantes) até ao final da sua vida que terminou a 5 de Fevereiro de 1937, pouco antes de completar setenta e seis anos. Seu desejo era q suas cinzas fosse dispersas pelo seu jardim, pois seria, certamente, o modo poético de reconciliação com a terra, o elemento que ela tinha amado. Porém, as autoridades recusaram-lhe esse gesto último e a urna foi enterrada ao lado do corpo de Andreas. Uma morte discreta a celebrar o esplendor do que foi a sua vida, guiada por uma liberdade radical.

Frases marcantes de Lou...
“Serei sempre fiel às lembranças, nunca o serei aos homens”,

"A alegria é a perfeição"

"Só aquele que permanece inteiramente ele próprio pode, com o tempo, permanecer objeto do amor, porque só ele é capaz de simbolizar para o outro a vida, ser sentido como tal."

"É terrível dizer, mas, no fundo, o amante não está querendo saber "quem é" em realidade seu parceiro. Estouvado em seu egoísmo, ele se contenta de saber que o outro lhe faz um bem incompreensível... Os amantes permanecem um para o outro, em última análise, um mistério."

"...Os limites físicos são-nos tão insuportáveis quantoos limites do que nos é psiquicamente possível:não fazem verdadeiramente parte de nós..."

Trabalhos de Lou, Livros publicados!

* A minha Vida

* Reflexões sobre o Prolema do Amor e o Erostismo

* Um desvario

* Carta aberta a Freud

* Um olhar pra trás

* Eros

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